quarta-feira, 1 de julho de 2015

Revolução Industrial


Nos livros de história, a Revolução Industrial sempre ganha bastante destaque, pois, de fato, foi um marco importante para o ser humano. Era um conjunto de mudanças que ocorreram naEuropa entre os séculos XVIII e XIX, que modificou bastante a população daquela época. A Inglaterra foi o primeiro e principal país que se “rendeu” à Revolução Industrial, pois possuía uma rica burguesia, a mais importante zona de livre comércio da Europa, sua localização privilegiada, próxima ao mar – que facilitava a exploração de outros mercados. Por esses e outros fatores, a Inglaterra foi a única a participar da Primeira Etapada Revolução Industrial, de 1760 a 1860. Durante este período, houve o surgimento de indústrias de tecidos de algodão – por causa do tear mecânico – e o aprimoramento das máquinas a vapor, que contribuía para uma segunda etapa.
A Segunda Etapa da Revolução Industrial ocorreu entre 1860 e 1900, desta vez, chegando à Alemanha, França, Rússia e Itália, que também se industrializavam. Este período foi caracterizado pelo emprego do aço, a utilização da energia elétrica e dos combustíveis derivados do petróleo, a invenção do motor, a locomotiva a vapor e o desenvolvimento de produtos químicos. Com a primeira e a segunda etapa, vieram:
A exploração de trabalhadores, nem mulheres e crianças escapavam do trabalho duro e pesado, que poderia chegar até 15 horas por dia.
Trabalhadores revoltados com as péssimas condições de trabalho (carga horária alta e salários muito baixos, por exemplo) que começaram a sabotar as máquinas – estes ficaram conhecidos como “os quebradores de máquina”.
Outros movimentos que buscavam ajudar o trabalhador também surgiram, muitos repudiavam a “substituição” dos trabalhadores por máquinas nas indústrias. Os avanços na ciência não paravam. Em pouco tempo, uma verdadeira explosão de descobertas aconteceu (vide máquinas e mais máquinas).
Os impactos ambientais começavam a se agravar. Se antes o homem já não se mostrava tão preocupado com isso, durante a revolução parecia menos ainda.
Alguns historiadores acreditam que a terceira etapa da revolução sejam os séculos XX e XXI, pois os avanços tecnológicos desses dois séculos são inúmeros (o computador, a internet, o celular, o fax, etc.) e não param de acontecer. Portanto, as duas primeiras etapas – a Revolução Industrial em si – teriam nos levado ao local onde estamos hoje: um mundo mais confortável e desenvolvido devido aos avanços (tecnológicos ou não) daquela época.

Origens
No decorrer do século XVIII, a Europa Ocidental passou por uma grande transformação no setor da produção, em decorrência dos avanços das técnicas de cultivo e da mecanização das fábricas, a qual se deu o nome de Revolução Industrial. A invenção e o uso da maquina permitiram o aumento da produtividade, a diminuição dos preços e o crescimento do consumo e dos lucros.
A origem da Revolução Industrial pode ser encontrada nos séculos XVI e XVII, com a política de incentivo ao comércio adotada pelo s países absolutistas A acumulação de capitais nas mãos dos comerciantes burgueses e a abertura dos mercados proporcionada pela expansão marítima estimularam o crescimento da produção, exigindo mais mercadorias e preços menores. Gradualmente, passou-se do artesanato disperso para a produção em oficinas e destas para a produção mecanizada nas fábricas.
A Inglaterra foi o país pioneiro da industrialização. A agricultura inglesa desenvolveu-se com o cercamento dos campos e a difusão de novas técnicas e instrumentos de cultivo.0 fim do uso comum das terras gerou o "trabalhador livre", expulso do campo onde não tinham mais condições de sobrevivência e transformado em mão-de-obra urbana. A mecanização da produção criou o proletariado rural e urbano, composto de homens, mulheres e crianças, submetido a um trabalho diário exaustivo, no campo ou nas fábricas.
Com a Revolução Industrial, consolidou-se o sistema capitalista, baseado no capitale no trabalho assalariado. 0 capital apresenta-se sob a forma de terras, dinheiro, lojas, máquinas ou crédito. 0 agricultor, o comerciante, o industrial e o banqueiro, donos do capital, controlam o processo de produção, contratam ou demitem os trabalhadores, conforme sua conveniência. Estes, que não possuem capital, vendem sua força de trabalho por um salário.


Fatores que ajudaram
Até o final do século XVIII, a maioria da população da Europa ainda vivia no campo, sob o esquema: produzir para consumir. Mas isso começava a mudar com odesenvolvimento das capitais e centros de comércio.
Na Inglaterra e na França, por exemplo, já existiam as manufaturas (onde artesãos realizavam seus trabalhos, porém eram subordinados ao proprietário). A máquina a vapor foi construída na Inglaterra, isso foi considerado um grande avanço já que as máquinas poupavam o tempo do trabalho humano e, teoricamente, ainda produziam mais.
Com a produção maior, por causa das máquinas, vieram maiores lucros e consequentemente, mais investimentos em indústrias  por parte dos empresários.

As Novas Técnicas e Métodos Agrícolas
A agricultura era praticada na Inglaterra, bem como no restante da Europa, através de métodos e de instrumentos ainda bastante primitivo, 0 cultivo do solo, realizado pelo sistema medieval do arroteamento trienal, deixava o campo improdutivo durante um ano em três, para recuperação da fertilidade. Os arados eram rudimentares e as forragens insuficientes para a alimentação dos rebanhos durante o inverno, tornando-se necessário abatê-los em grande número no outono.
A partir do século XVIII, a aristocracia inglesa realizou um esforço sistemático de modernização da agricultura, com o objetivo de aumentar as rendas de suas propriedades, seguindo o exemplo da burguesia que enriquecia-se com as atividades comerciais e financeiras, 0 impulso inicial foi dado, em 1731, com a publicação do livro de JETHRO TULL "The new horse husbandry, or an essay on the principles of tillage an vegetation".
Estudioso e observador dos métodos agrícolas praticados na Alemanha, França e Holanda, J. Tull (1674/746) era proprietário de terra no Berkshire, onde se dedicou a experiências e pesquisas e foi um dos primeiros a conceber a noção de cultura intensiva. Ele sugeriu o esterroamento e a lavra profunda dos campos; o estabelecimento contínuo da rotação de culturas que produzia colheitas variadas sem cansar a terra e sem necessidade do pousio prolongado; mostrou a importância das forragens de inverno que proporcionavam alimento para o gado nessa estação, dispensando o abate e, consequentemente, aumentando a oferta de adubo animal.
Os grandes proprietários passaram a aplicar as teorias de Jetho Tull em seus domínios, chegando alguns deles a aperfeiçoá-las, Lord Townshend (1674/1750) desenvolveu técnicas de drenagem e adubamento do solo e iniciou cultivos que se sucediam em rotações regulares (como nabo, cevada, trigo, beterraba, aveia, ervilha, feijão), sem esgotar a terra e sem deixá-la improdutiva. Sir Robert Bakewell (1725-1795) empreendeu a melhoria de rebanhos ovinos e bovinos através de cruzamentos hábeis e da seleção artificial das espécies. Com isso, conseguiu dobrar o peso médio de bois, bezerros e carneiros.
0 impulso dado pelos grandes proprietários se comunicou a toda a nação e o governo contribuiu com a construção de obras públicas como estradas, canais e drenagem de pântanos. A partir de meados do século XVIII, a agricultura moderna estava implantada na Inglaterra.

O Cercamento dos Campos
Entretanto, a produtividade agrícola encontrava um obstáculo ao seu desenvolvimento devido ao sistema de "campos abertos" e de "terras comuns" utilizado pelos camponeses para o plantio e a criação de gado desde a época medieval. Por isso, as inovações técnicas foram acompanhadas de um grande reordenamento das propriedades rurais, através da intensificação dos cercamentos dos campos ou "enclousures".
Os "enclousures" consistiam na unificação dos lotes dos camponeses, até então dispersos em faixas pela propriedade senhorial (campos abertos), num só campo cercado por sebes e usado na criação intensiva de gado e de carneiros ou nas plantações que interessassem ao p proprietário. Em sua perspectiva, o cercamento e as novas técnicas agrícolas promoviam o aumento da oferta de mercadorias que podiam ser vendidas a um melhor preço, beneficiando a nação.
Essa prática era legalmente utilizada e permitida pelo Parlamento Inglês desde o século XVI e foi intensificada no século XVIII causando a eliminação dos yeomen e dos arrendatários. Os cercamentos provocaram também um brutal desemprego na área rural, com os camponeses e suas famílias perdendo os lotes de onde tradicionalmente tiravam o seu sustento.
Em algumas paróquias, o simples anúncio de editais para o cerca mento gerava revoltas e tentativas para que não fossem afixados nas por tas das igrejas. As próprias autoridades encarregadas pelo Parlamento de realizar os "enclousures" revelavam a tragédia:
"Lamento profundamente" - afirmava um comissário de cercamento - "o mal que ajudei a fazer a dois mil pobres, a razão de 20 famílias por aldeia. Muitos deles, aos quais o costume permitia levar rebanhos ao pasto comum, não podem de fender seus direitos, e muitos deles, pode-se dizer quase to dos os que têm um pouco de terra, não têm mais de um acre; como não é o bastante para alimentar uma vaca, tanto a vaca como a terra são, em geral, vendidos aos ricos proprietários. (Annals of Agriculture, citado por MANTOUX, P., op. cit', p. 169.)

A acumulação das terras em mãos de poucos proprietários está atestada nós documentos da época:
"Não é raro ver quatro ou cinco ricos criadores se apossarem de toda uma paróquia, antes dividida entre trinta ou quarenta camponeses, tanto pequenos arrendatários,quanto pequenos proprietários.: todos foram repentinamente expulsos e, ao mesmo tempo, inúmeras outras famílias, que dependiam quase que unicamente deles, para o seu trabalho' e sua subsistência, as dos ferreiros, carpinteiros, carro e outros artesãos e pessoas de ofício, sem contar os jornaleiros e criados." (Citado por MANTOUX PauI. A Revolução, Industrial no século XVIII. São Paulo, Editora Hucitec, p. 164.)
Para o historiador inglês Karl Polany, "os cercamentos foram chamados, de forma adequada, de revolução dos ricos contra os pobres. os senhores e nobres estavam perturbando a ordem social, destruindo as leis e costumes tradicionais, às vezes pela violência , as vezes por intimidação e pressão. Eles literalmente roubavam o pobre na sua parcela de terras comuns, demolindo casas que até então, por força de antigos costumes, os pobres consideravam como suas e de seus herdeiros. Aldeias abandonadas e ruínas de moradias testemunhavam a ferocidade da revolução." (POLANY, Karl. A Grande Transformação. Rio de Janeiro, Editora Campus, 1988, P. 52.)
Por outro lado, a admiração pelos "enclousures" pode ser vista nos relatos de agrônomos- economistas, como Arthur Yong (1741/1820) que afirmava:
"A meu ver, a população é um objetivo secundário. Deve-se cultivar o solo de modo a fazê- lo produzir o máximo possível, sem se inquietar com a população. Em caso algum o fazendeiro deve ficar preso a métodos agrícolas superados, suceda o que suceder com a população. Uma população que, ao invés de aumentar a riqueza do país, é para ele um fardo, é uma população nociva.'' (Citado por MANTOUX, Paul, op. cit. p. 166.)

O "Homem Livre''
Em consequência do desemprego e do pauperismo provocados pelos cercamentos, uma massa de camponeses sem terra passou a perambular por estradas e paróquias, atemorizando os proprietários e aumentando a carga de impostos necessários para mantê- los, já que pelas leis inglesas as paróquias eram responsáveis pelo auxilio aos pobres.
O aumento da miséria levou à revisão da Legislação dos Pobres, existente desde 1601 e que organizava o auxílio público aos desvalidos. A legislação tornou-se cada vez mais repressiva: todo indivíduo sem trabalho ou ocupação podia ser preso ou chicoteado e, em caso de furto, mesmo que fosse para matar a fome, ser marcado a ferro, ter as mãos decepadas ou ser enforcado.
Durante o século XVIII, para evitar a entrada de desocupados em seu território, as paróquias passaram a recorrer a Lei do Domicílio (1662) que determinava que todo indivíduo que mudasse de paróquia pode ria ser expulso, privando assim o cidadão da liberdade de locomoção. Essa lei facilitou aos grandes proprietários a exploração ao máximo do trabalho dos camponeses de sua paróquia ou da paróquia vizinha.
A consolidação das grandes propriedades, com a expulsão de grande de número de camponeses, criou uma massa de "homens livres", no sentido de estarem desprovidos de qualquer propriedade e desligados da autoridade de um senhor; prontos, portanto, a se tornarem mão de obra industrial.

Revolução Industrial no Brasil
Enquanto na Europa acontecia a Revolução Industrial, o Brasil, ainda colônia portuguesa, estava longe do processo de industrialização. A industrialização no Brasil só começou verdadeiramente em 1930, cem anos após a Revolução Industrial Inglesa.
Durante o governo de Getúlio Vargas, a centralização do poder no Estado Novo criou condições para que se iniciasse o trabalho de coordenação e planejamento econômico, com enfase na industrialização por substituição de importações. A Segunda Guerra Mundial, iniciada em 1939, trouxe uma desaceleração para a industrialização no Brasil, uma vez que interrompeu as importações de máquinas e equipamentos.

CAUSAS DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
A expansão do comércio internacional dos séculos XVI e XVII trouxe um extraordinário aumento da riqueza, permitindo a acumulação de capital capaz de financiar o progresso técnico e o alto custo da instalação de indústrias.
A burguesia europeia, fortalecida com o desenvolvimento dos seus negócios, passou a investir na elaboração de projetos para aperfeiçoamento das técnicas de produção e na criação de máquinas para a indústria. Logo verificou-se que maior produtividade e maiores lucros para os empresários poderiam ser obtidos acrescentando-se o emprego de máquinas em larga escala.

2ª Revolução Industrial
Foi desenvolvida no século XIX, seu principal aspecto foi a criação dos motores de combustão interna movidos a combustíveis derivados do petróleo.
Teve forte desenvolvimento tecnológico aplicado, principalmente, às indústrias elétrica, química, metalúrgica, farmacêutica e de transportes;
Importantes invenções tecnológicas que melhoraram muito a qualidade de vida das pessoas e ajudaram a aumentar a produção das indústrias;
Estados Unidos e Alemanha despontam como grandes potências industriais e econômicas, juntos com Inglaterra e França;
A população urbana passa a ser maior do que a rural na Europa, O êxodo rural é motivado pelos empregos gerados nas indústrias das cidades;
O carvão mineral começa, aos poucos, ficar em segundo plano;
Uso da energia elétrica na iluminação urbana, residencial e industrial;
Utilização do sistema de linha de produção nas indústrias.



3ª Revolução Industrial
Século XX e ainda em expansão, seu aspecto principal são os ramos da microeletrônica, engenharia genética, nanotecnologia, entre outros;
Utilização de várias fontes de energia (antigas e novas): petróleo, energia hidrelétrica, nuclear, eólica, etc. Aumenta, principalmente a partir da década de 1990, a preocupação com a diminuição do uso das fontes de energia poluidoras e aumento da energia limpa.
Uso crescente de recursos da informática nos processos de produção industrial. A Robótica é o principal exemplo. Diminuição crescente do emprego de mão-de-obra humana (principalmente em tarefas braçais), sendo substituída pelas máquinas, sistemas automatizados, computadores e robôs industriais.
Uso de tecnologias no processo de produção, visando diminuir os custos e o tempo de produção.

Ampliação dos direitos trabalhistas.
Globalização: produção de produtos com peças fabricadas em várias partes do mundo.
Desenvolvimento da Biotecnologia, ampliando a produção da indústria de medicamente e melhorando a qualidade e eficiência.
Surgimento, na década de 1970, de novas potências industriais e econômicas como, por exemplo, Alemanha e Japão. Neste cenário, já na década de 1990, aparece a China.
Massificação dos produtos tecnológicos, ligados aos meios de comunicação e Internet, no começo do século XXI. Exemplos: telefones celulares, computadores pessoais, notebooks, tablets e smartfones.
Aumento da consciência ambiental, a partir da década de 1980, por grande parte das indústrias, que passam a buscar processos produtivos sem ou com baixo impacto ambiental.

Filmes:
*Manutenção Industrial: Do Estratégico ao Operacional. Edson Gonçalves De Por R$ 41,40
* Automação Industrial na Prática: Eixo controle e processos industriais. Frank Lamb De Por R$ 77,44ou em até 3x sem juros de R$ 25,81no cartão
*Da Revolução Industrial Inglesa ao I... Eric J. Hobsbawm  Por R$ 79,00 ou em até 3x sem juros de R$ 26,33no cartão
*Terceira Revolução Industrial, A Jeremy Rifkin De Por R$ 87,12ou em até 3x sem juros de R$ 29,04no cartão
*Revolução Industrial - Coleção O Cotidiano da historia. Francisco M. P. Teixeira De Por R$ 34,20
*REVOLUCAO INDUSTRIAL, A Carlos Canedo De Por R$ 38,95


Video Aulas:

Créditos: Grupo 2

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