quarta-feira, 24 de junho de 2015

Assuntos Relevantes

Recomendações - LIVROS:

-Um excelente livro de história de ciência inédito no Brasil! Isaac Newton e a Transmutação da Alquimia: uma visão alternativa da revolução científica

- Por Trás da Máscara.
Neste notável e corajoso livro de estreia, desde já leitura obrigatória para o entendimento do Brasil, Flavio Morgenstern cumpre o que o título promete: desnuda sem dó, mais do que as "jornadas de junho" de 2013 em si, o espírito da insurreição e o cenário e os interesses que a incubaram. Valendo-se de sua consistente cultura política, sólida noção de tempo histórico, leitura (e releitura) arguta do noticiário, memória incorruptível, prosa abundante e humor desconcertante, o autor investiga e destrincha - com técnica original e abordagem inédita - aquela imensa onda de manifestações, tão imediatamente comprada como histórica quanto ainda hoje incompreendida.

-
A Estratégia.
Há 33 anos, o Rev. Louis P. Sheldon vem pesquisando sobre homossexualismo. Neste livro ele reúne as informações necessárias para conscientizá-lo sobre o assunto. 

-O Livro Politicamente Incorreto da Esquerda e do Socialismo.
Neste livro provocador, Williamson desenrola a história do socialismo, mostrando como a ideologia resultou em pobreza, miséria e guerra. O autor analisa o rastro de devastação econômica e catástrofe ambiental que o sistema causou e, ao contrário do que muitos imaginam, ele não foi exterminado junto com a União Soviética, pelo contrário, continua vivo e
se espalhando ao redor do mundo.

-Os últimos dias dos Romanov
Na madrugada de 17 de julho de 1918, a família imperial russa é acordada às pressas e levada ao porão da casa Ipatiev, sua prisão em Ecaterimburgo. Em primeiro seguia o czar Nicolau II, com o filho Alexei no colo. Vinte e três degraus, um para cada ano de seu desastroso reinado, o separavam do destino coletivo da família. No abafado cômodo, um dos mais famosos e brutais assassinatos políticos da história ganharia contornos de um cruel banho de sangue.
Após quase duas semanas aprisionado na industrial e bolchevique cidade dos Urais, Nicolau Alexandrovich Romanov se tornaria o último czar de todas as Rússias. Mas como teriam sido os últimos momentos da família? Apesar dos aspectos gerais do reinado de Nicolau serem conhecidos, pouco se sabe sobre esses seus dias finais. Desde o princípio distorcidos por uma rede sistemática de mentiras, confusões, lapsos e desinformações oficiais.
Especialista em história russa, Helen Rappaport disseca os quatorze dias da prisão domiciliar dos Romanov: tanto o clima claustrofóbico no interior de Ipatiev— o homem que um dia governara 22 milhões de metros quadrados reinava sobre um único aposento — quanto as manobras políticas de seus aliados e inimigos. As janelas pintadas de branco e uma alta paliçada impediam o contato com o mundo exterior. Jornais e a troca de cartas eram proibidos.
Com acesso ao depoimento de várias testemunhas-chave, Helen revela o papel de Lênin na execução. Mostra, ainda, como os Romanov e seus carcereiros desenvolveram uma relação complexa. Alguns achavam difícil associar o rosto dócil de Nicolau, e de suas lindas filhas, com o que a propaganda bolchevique lhes havia incutido. Jovens soldados não resistiram ao charme das grã-duquesas russas em flertes que preocuparam a czarina.
Peões indefesos de um jogo político que não levava em conta seu destino como pessoas, apenas como participantes de acontecimentos políticos maiores, os Romanov chegaram ao fim despidos de todo a pompa. A cada dia mais unidos e resignados, extremamente religiosos, morreram como uma família. Seu assassinato, o início de uma orgia de terror e represálias sangrentas que caracterizaria a guerra civil russa.

-Totalitarismo Tardio: O Caso do PT.
O PT não é um partido político no sentido convencional, que a tradição das democracias constitucionais do Ocidente registra. Não é uma organização cujos membros se associam para disputar, com base num programa concreto e específico, e por meio de eleições regulares periódicas, o exercício consentido e transitório do governo. É uma organização que busca, ao mesmo tempo pela via institucional e gradual e pela via da violência revolucionária, a destruição da ordem política constitucional "burguesa".  José Giusti Tavares, Porto Alegre-RS. Ano 2000.


VIDEOS 

-Um Dia Na Vida De Um Ditador.
Como vive um ditador? Como é o dia a dia de um monstro no poder? Desde quando acorda até a hora de dormir, o que se passa na vida de uma pessoa que vai decidir o destino de milhões de outras? Quais são os mecanismos que levam este ser ambicioso a uma espiral de crueldade e excesso? "Um Dia na Vida de um Ditador" traz um olhar profundo à vida íntima de alguns de nossos mais famosos tiranos contemporâneos durante o período sangrento de seu reinado: Joseph Stalin, Idi Amin Dada e Muammar Gaddafi.

ARTIGO-CULTURA

JOAQUIM NABUCO E A TRANSIÇÃO NO BRASIL.
Escrito por BRUNO GARSCHAGEN | 06 FEVEREIRO 2014 
Independentemente do sistema político que adotara como o melhor, o que interessa em Nabuco é seu inabalável compromisso liberal. O sistema que regia as liberdades era menos importante do que a conquista, garantia e manutenção da liberdade.
O Brasil vive um período de transição bastante interessante. Se na década de 1990 surgiram no cenário público algumas vozes dissonantes da cartilha marxista e suas derivações, a partir do ano 2000 despontou uma nova geração livre dos grilhões ideológicos turbinados durante o governo militar (1964-1985).
A ditadura maculou três gerações nas esferas política e cultural: a que estava no auge na época do golpe, a que tentava abrir espaço e a que nascia sob os coturnos. Essas gerações foram atacadas de dois lados: por um regime ditatorial e pela dominação cultural e educacional da esquerda de vários matizes. Nas universidades, no meio artístico, no jornalismo etc. o sujeito que não fosse de esquerda (o que não quer dizer que fosse de direita) era mal visto e rechaçado. Era preciso se posicionar. Do lado deles.
E já que vivemos num período de transição é fundamental que determinadas idéias sejam apresentadas e estudadas. E aqui vai minha dica: Joaquim Nabuco e seu livro Minha formação (1900).
Nabuco teve a sorte de ter um pai que o influenciasse e estimulasse. Seu liberalismo, segundo revela logo no primeiro parágrafo da obra, tinha um fundo hereditário. A herança vinha por obra e graça do senador José Tomás Nabuco de Araújo, político conservador que fez sua passagem para o liberalismo entre 1857 e 1865.
Foi nesse período que José Nabuco arrastou consigo "um grande movimento em sentido contrário, do campo conservador para o liberal, da velha experiência para a nova experimentação, das regras hieráticas de governo para as aspirações ainda informes da democracia". É a esse pai inspirador que Nabuco dedica outra obra notável, Um estadista no império: Nabuco de Araújo (1896).
Aspecto pouco ou superficialmente tratado nos ensaios sobre Minha formação é não só o liberalismo vigoroso, contundente e empolgado, mas sua transição de liberal mezzo republicano para entusiasta e, por fim, defensor ardoroso da monarquia constitucional liberal. Em ambos os casos, vê-se como o jovem forma o homem sem graves rupturas que levem ao extremismo, desencanto ou exasperação.
As chaves de sistemas e concepções políticas que modelaram a mente de Joaquim Nabuco, por ele chamado de "verdadeiros estados do espírito moderno", foi-lhes dada pela obra The English Constitution, do economista e jornalista inglês Walter Bagehot (1826-1877), autor de outros ensaios importantes como Lombard Street: A Description of the Money Market, de 1873, e A New Standard of Value, de 1875.
The English Constitution forjou no espírito liberal de Nabuco a idéia de que era não só possível, mas democraticamente justo, a conjugação do liberalismo com o regime monarquista sob a égide do sistema parlamentarista:
"Devo a esse pequeno volume que hoje não será talvez lido por ninguém em nosso país, a minha fixação monárquica inalterável; tirei dele, transformando-a a meu modo, a ferramenta toda com que trabalhei em política, excluindo somente a obra da abolição, cujo stock de idéias teve para mim outra procedência". (1)
Bagehot, um estilista e retórico sedutor, convenceu Nabuco de que o governo de gabinete, a alma da então moderna Constituição inglesa, era, de fato, superior ao sistema presidencialista por permitir um governo mais direto e mais próximo do povo do que os mecanismos aplicados pelos governos republicanos.
Cabia ao Poder Legislativo, no governo de gabinete descrito por Bagehot, a escolha do Poder Executivo, espécie de comissão, incumbido de pôr em prática as medidas necessárias ao país. E a harmonia entre os poderes era garantida pela possibilidade de o Poder Legislativo mudar a comissão executiva, caso esta não atendesse aos interesses na nação. E para que o Poder Executivo não ficasse à mercê da obediência servil ao legislativo, a comissão tinha o direito de levar os parlamentares até os eleitores, que, por sua vez, poderiam trocá-los.
A tese de Bagehot assimilada por Nabuco é a de que os Poderes Legislativo e Executivo eram unidos pelo governo de gabinete, a principal comissão da Câmara dos Comuns, a única instituição a deter, de fato, o poder. O governo de gabinete se caracterizava pela combinação e fusão dos poderes Executivo e Legislativo, não na absorção de um pelo outro.
Nabuco manteve-se fiel a esse modelo político contra o republicano sistema presidencial, que, segundo ele, enfraquecia o Poder Executivo e diminuía o valor intrínseco do Poder Legislativo. (2)
E a escolha desse sistema é, antes de tudo, a opção pelo liberalismo do tipo inglês, que guarda características importantes que o diferem do liberalismo continental. Uma delas é a tipificação normativa das condutas do indivíduo na sociedade:
"Freeman mostrava no seu pequeno livro O Crescimento da Constituição Inglesa que essa Constituição nunca foi feita; que nunca nas grandes lutas políticas da Inglaterra a voz da nação reclamou novas leis, mas só o melhor cumprimento das leis existentes; que a vida, a alma da lei inglesa foi sempre o procedente (...)". (3)
A segunda característica é a relação dos ingleses com a lei e com a Justiça:
"(...) só há um país no mundo em que o juiz é mais forte que os poderosos: é a Inglaterra. O juiz sobreleva à família real, à aristocracia, ao dinheiro, e, o que é mais do que tudo, aos partidos, à imprensa, à opinião; não tem o primeiro lugar no Estado, mas tem-no na sociedade. O cocheiro e o groom sabem que são criados de servir, mas não receiam abusos nem violência da parte de quem os emprega. Apesar de seus séculos de nobreza, das suas residências históricas, da sua riqueza e posição social, o marquês de Salisbury e o duque de Westminster estão certos de que diante do juiz são iguais ao mais humilde de sua criadagem. Esta é, a meu ver, a maior impressão de liberdade que fica da Inglaterra. O sentimento de igualdade de direitos, ou de pessoa, na mais extrema desigualdade de fortuna e condição, é o fundo da dignidade anglo-saxônica". (4)
Antes um entusiasta do modelo político americano, Nabuco, nas suas memórias escritas aos 51 anos, pretendeu desmontar aquele sistema de forma comparativa: se num grave momento o gabinete inglês tinha o poder de dissolução, os americanos deveriam esperar pacientemente a resolução dos conflitos de opinião entre os poderes Executivo e Legislativo até o término dos mandatos dos representantes eleitos:
"A idéia principal que recebi de Bagehot foi essa da superioridade prática do governo de gabinete inglês sobre o sistema presidencial americano: por outra, que uma monarquia secular, de origens feudais, cercada de tradições e formas aristocráticas, como é a inglesa, podia ser um governo mais direta e imediatamente do povo do que a república". (5)
A idéia parece sedutora pela aparente facilidade de mudança diante de problemas políticos sérios, mas não encerra o assunto. Nabuco era suficientemente inteligente para não cair numa esparrela dessas:
"Não podia deixar de inclinar-me interiormente à Monarquia a idéia de que o governo mais livre do mundo era um governo monárquico. Ainda assim um estrangeiro inteligente não seria no seu país inabalavelmente monarquista somente porque o governo chegou na Inglaterra a um grau maior de perfeição do que nos Estados Unidos, que tomaram a forma republicana, Desde que não tínhamos no Brasil os elementos históricos que a liberdade inglesa supõe, a não querer ou cometer o maior erro que se pode cometer em política, – o de copiar de sociedades diferentes instituições
que cresceram, – eu não podia repelir a República no Brasil somente por admirar a Monarquia inglesa de preferência à Constituição americana. Era preciso alguma coisa mais, no que respeita à forma de governo, para eu não me deixar arrastar". (6)
O interessante é lê-lo aos 21 anos, num texto para o jornal Reforma, aconselhar o imperador brasileiro a visitar os Estados Unidos para lá ver o progresso industrial e moral de uma sociedade amplamente liberal e livre que prescindia da tutela do rei, "um luxo, uma superfetação". (7)
Nabuco era um monarquista de ideal que julgava a República o melhor governo praticável num dado momento e dadas certas contingências. Independentemente do sistema político que adotara como o melhor, o que interessa em Nabuco é seu inabalável compromisso liberal. O sistema que regia as liberdades era menos importante do que a conquista, garantia e manutenção da liberdade.
A formação política teórica alicerçou o espírito do político eleito deputado em 1878. "Com efeito, quando entro para a Câmara, estou tão inteiramente sob a influência do liberalismo inglês, como se militasse às ordens de Gladstone; esse é em substância o resultado de minha educação política: sou um liberal inglês – com afinidades radicais, mas com aderências whigs – no Parlamento brasileiro; esse modo de definir-me será exato até o fim, porque o liberalismo inglês, gladstoniano, macaulayano, perdurará sempre, será a vassalagem irresgatável do meu temperamento ou sensibilidade política (...)". (8)
Nascido no Recife em 1849, Nabuco foi expoente de uma linhagem de intelectuais que, no início do século XIX, levada pelo espírito da geração anterior, "consolidou a idéia de que aos homens de letras cabia uma espécie de missão civilizatória", segundo notou em ensaio introdutório, Leonardo Dantas Silva, da Fundação Joaquim Nabuco. Esses homens de letras eram, entre outros, José Veríssimo, Silvio Romero, Álvares de Azevedo, Machado de Assis.
Nabuco também é autor de O abolicionismo, "um dos textos fundadores da sociologia brasileira", nas palavras do historiador Evaldo Cabral de Mello, livro que antecipou conceitos depois tornados célebres com Gilberto Freyre, como a existência de uma raça brasileira (embora célebre, o conceito de raça já foi derrubado).
Jornalista, deputado combativo, escritor, diplomata e membro fundador da Academia Brasileira de Letras, Nabuco trabalhava como embaixador em Washington quando morreu em 1910, ainda sorumbático pela queda do império em 1889. Já havia confessado em Minha formação que o espírito político que o moveu durante a vida tinha dado lugar a interesses religiosos e literários.
Perfeitamente explicável: tomou a queda do Império em 1889 como o fim de sua carreira. "A causa monárquica devia ser o meu último contato com a política... (...) O meu espírito adquirira em tudo a aspiração da forma e do repouso definitivo". (9)
Em vez do lamento improdutivo, Nabuco nos legou uma pequena jóia autobiográfica (e a notável biografia do pai) na qual compartilha sua visão liberal da política, da relação do indivíduo com a sociedade e com o poder constituído. Este texto é um pequeno tributo ao intelectual empolgado, vigoroso, combativo e, acima de tudo, apaixonado pela civilização.
Notas:
(1) NABUCO, Joaquim. Minha formação, Fundação Biblioteca Nacional, p. 3. Disponível emhttp://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000096.pdf.
(2) Ibid. 5.
(3) Ibid. 6.
(4) Ibid. 28.
(5) Ibid. 7.
(6) Ibid. 28.
(7) Ibid. 8.
(8) Ibid. 47.
(9) Ibid. 67.
Bruno Garschagen é mestre em Ciência Política e Relações Internacionais e podcaster do Instituto Ludwig von Mises Brasil.
Publicado no site Ordem Livre - http://ordemlivre.org

Créditos: Grupo 3

Aula da Semana

Revolução Industrial
A Revolução industrial foi um conjunto de mudanças que aconteceram na Europa nos séculos XVIII e XIX. A principal particularidade dessa revolução foi a substituição do trabalho artesanal pelo assalariado e com o uso das máquinas.
Até o final do século XVIII a maioria da população européia vivia no campo e produzia o que consumia. De maneira artesanal o produtor dominava todo o processo produtivo.
Apesar de a produção ser predominantemente artesanal, países como a França e a Inglaterra, possuíam manufaturas. As manufaturas eram grandes oficinas onde diversos artesãos realizavam as tarefas manualmente, entretanto subordinados ao proprietário da manufatura.
As máquinas foram inventadas, com o propósito de poupar o tempo do trabalho humano. Uma delas era a máquina a vapor que foi construída na Inglaterra durante o século XVIII. Graças a essas máquinas, a produção de mercadorias ficou maior e os lucros também cresceram. Vários empresários; então, começaram a investir nas indústrias. Com tanto avanço, as fábricas começaram a se espalhar pela Inglaterra trazendo várias mudanças. Esse período é chamado pelos historiadores de Revolução Industrial e ela começou na Inglaterra.
A Inglaterra foi precursora na Revolução Industrial devido a diversos fatores, entre eles: possuir uma rica burguesia, o fato do país possuir a mais importante zona de livre comércio da Europa, o êxodo rural e a localização privilegiada junto ao mar o que facilitava a exploração dos mercados ultramarinos.
Como muitos empresários ambicionavam lucrar mais, o operário era explorado sendo forçado a trabalhar até 15 horas por dia em troca de um salário baixo. Além disso, mulheres e crianças também eram obrigadas a trabalhar para sustentarem suas famílias.Diante disso, alguns trabalhadores se revoltaram com as péssimas condições de trabalho oferecidas, e começaram a sabotar as máquinas, ficando conhecidos como “os quebradores de máquinas“. Outros movimentos também surgiram nessa época com o objetivo de defender o trabalhador.
O trabalhador em razão deste processo perdeu o conhecimento de todo a técnica de fabricação passando a executar apenas uma etapa.
burguesia inglesa era muito rica e durante muitos anos continuou ampliando seus negócios de várias maneiras:
-financiando ataques piratas (corsários)
-traficando escravos
-emprestando dinheiro a juros
-pagando baixos salários aos artesãos que trabalhavam nas manufaturas
-vencendo guerras
-comerciando
-impondo tratados a países mais fracos
Os ingleses davam muita importância ao comércio (quanto mais comércio havia, maior era a concorrência).Quando se existe comércio, existe concorrência e para acabar com ela, era preciso baixar os preços. Logo, a burguesia inglesa começou a aperfeiçoar suas máquinas e a investir nas indústrias.
Vários camponeses foram trabalhar nas fábricas e formaram uma nova classe social: o proletariado.
O desenvolvimento industrial arruinou os artesãos, pois os produtos eram confeccionados com mais rapidez nas fábricas. A valorização da ciência, a liberdade individual e a crença no progresso incentivaram o homem a inventar máquinas.         O governo inglês dava muita importância à educação e aos estudos científicos e isso também favoreceu as descobertas tecnológicas.Graças à Marinha Inglesa (que era a maior do mundo e estava em quase todos os continentes) a Inglaterra podia vender seus produtos em quase todos os lugares do planeta.
No século XIX a Revolução Industrial chegou até a França e com o desenvolvimento das ferrovias cresceu ainda mais.Em 1850, chegou até a Alemanha e só no final do século XIX; na Itália e na Rússia, já nos EUA, o desenvolvimento industrial só se deu na segunda metade do século XIX.
No Japão, só nas últimas décadas do século XIX, quando o Estado se ligou à burguesia (o governo emprestava dinheiro para os empresários que quisessem ampliar seus negócios, além de montar e vender indústrias para as famílias ricas), é que a industrializaçãocomeçou a crescer. O Estado japonês esforçava-se ao máximo para incentivar o desenvolvimento capitalista e industrial.
Adam Smith (pensador escocês) escreveu em 1776 o livro “A Riqueza das Nações”, nessa obra (que é considerada a obra fundadora da ciência econômica), Smith afirma que o individualismo é bom para toda a sociedade.
Para ele, o Estado deveria interferir o mínimo possível na economia. Adam Smith também considerava que as atividades que envolvem o trabalho humano são importantes e que a indústria amplia a divisão do trabalho aumentando a produtividade, ou seja, cada um deve se especializar em uma só tarefa para que o trabalho renda mais.
A Revolução Industrial trouxe riqueza para os burgueses; porém, os trabalhadores viviam na miséria.
Muitas mulheres e crianças faziam o trabalho pesado e ganhavam muito pouco, a jornada de trabalho variava de 14 a 16 horas diárias para as mulheres, e de 10 a 12 horas por dia para as crianças.Enquanto os burgueses se reuniam em grandes festas para comemorar os lucros, os trabalhadores chegavam à conclusão que teriam que começar a lutar pelos seus direitos.
O chamado Ludismo foi uma das primeiras formas de luta dos trabalhadores. O movimento ludita era formado por grupos de trabalhadores que invadiam as fábricas e quebravam as máquinas.
Os ludistas conseguiram algumas vitórias, por exemplo, alguns patrões não reduziram os salários com medo de uma rebelião.Além do ludismo , surgiram outras organizações operárias, além dos sindicatos e dasgreves.Em 1830, formou-se na Inglaterra o movimento cartista. Os cartistas redigiram um documento chamado “Carta do Povo” e o enviaram ao parlamento inglês. A principal reivindicação era o direito do voto para todos os homens (sufrágio universal masculino), mas somente em 1867 esse direito foi conquistado.
Thomas Malthus foi um economista inglês que afirmava que o crescimento da população era culpa dos pobres que tinham muitos filhos e não tinham como alimentá-los. Para ele, as catástrofes naturais e as causadas pelos homens tinham o papel de reduzir a população, equilibrando, assim, a quantidade de pessoas e a de comida.
Além disso, Malthus criticava a distribuição de renda. O seu raciocínio era muito simples: os responsáveis pelo desenvolvimento cultural eram os ricos e cobrar impostos deles para ajudar os pobres era errado, afinal de contas era a classe rica que patrocinava a cultura.
O Parlamento inglês (que aparentemente pensava como Malthus) adotou, em 1834, uma lei que abolia qualquer tipo de ajuda do governo aos pobres. A desculpa usada foi a que ajudando os pobres, a preguiça seria estimulada. O desamparo serviria como um estímulo para que eles procurassem emprego.

A revolução Industrial mudou a vida da humanidade.
A vida nas cidades se tornou mais importante que a vida no campo e isso trouxe muitas consequências: nas cidades os habitantes e trabalhadores moravam em condições precárias e conviviam diariamente com a falta de higiene, isso sem contar com o constante medo do desemprego e da miséria.
Por um outro lado, a Revolução Industrial estimulou os pesquisadores, engenheiros e inventores a aperfeiçoar a indústria. Isso fez com que surgisse novas tecnologias: locomotivas a vapor, barcos a vapor, telégrafo e a fotografia.
Antes da Revolução Industrial, a atividade produtiva era artesanal e manual (daí o termo manufatura), no máximo com o emprego de algumas máquinas simples. Dependendo da escala, grupos de artesãos podiam se organizar e dividir algumas etapas do processo, mas muitas vezes um mesmo artesão cuidava de todo o processo, desde a obtenção da matéria-prima até a comercialização do produto final. Esses trabalhos eram realizados em oficinas nas casas dos próprios artesãos e os profissionais da época dominavam muitas (se não todas) etapas do processo produtivo.
Com a Revolução Industrial os trabalhadores perderam o controle do processo produtivo, uma vez que passaram a trabalhar para um patrão (na qualidade de empregados ou operários), perdendo a posse da matéria-prima, do produto final e do lucro. Esses trabalhadores passaram a controlar máquinas que pertenciam aos donos dos meios de produção os quais passaram a receber todos os lucros. O trabalho realizado com as máquinas ficou conhecido por maquinofatura.
Esse momento de passagem marca o ponto culminante de uma evolução tecnológica, econômica e social que vinha se processando na Europa desde a Baixa Idade Média, com ênfase nos países onde a Reforma Protestante tinha conseguido destronar a influência da Igreja Católica: Inglaterra, Escócia, Países Baixos, Suécia. Nos países fiéis ao catolicismo, a Revolução Industrial eclodiu, em geral, mais tarde, e num esforço declarado de copiar aquilo que se fazia nos países mais avançados tecnologicamente: os países protestantes.
De acordo com a teoria de Karl Max, a Revolução Industrial, iniciada na Grã-Bretanha, integrou o conjunto das chamadas Revoluções Burguesas do século XVIII, responsáveis pela crise do Antigo Regime, na passagem do capitalismo comercial para o industrial. Os outros dois movimentos que a acompanham são a Independência dos Estados Unidos e a Revolução Francesa que, sob influência dos princípios iluministas, assinalam a transição da Idade Moderna para a Idade Contemporânea. Para Marx, o capitalismo seria um produto da Revolução Industrial e não sua causa.
Com a evolução do processo, no plano das Relações Internacionais, o século XIX foi marcado pela hegemonia mundial britânica, um período de acelerado progresso econômico-tecnológico, de expansão colonialista e das primeiras lutas e conquistas dos trabalhadores. Durante a maior parte do período, o trono britânico foi ocupado pela rainha Vitória (1837-1901), razão pela qual é denominado como Era Vitoriana. Ao final do período, a busca por novas áreas para colonizar e descarregar os produtos maciçamente produzidos pela Europa produziu uma acirrada disputa entre as potências industrializadas, causando diversos conflitos e um crescente espírito armamentista que culminou, mais tarde, na eclosão, da Primeira Guerra Mundial (1914).
A Revolução Industrial ocorreu primeiramente na Europa devido a três fatores:
1) os comerciantes e os mercadores europeus eram vistos como os principais manufaturadores e comerciantes do mundo, detendo ainda a confiança e reciprocidade dos governantes quanto à manutenção da economia em seus estados;
2) a existência de um mercado em expansão para seus produtos, tendo a Índia, a África, a América do Norte e a América do Sul sido integradas ao esquema da expansão econômica européia; e
3) o contínuo crescimento de sua população, que oferecia um mercado sempre crescente de bens manufaturados, além de uma reserva adequada (e posteriormente excedente) de mão-de-obra
Pioneirismo Inglês

Foi a Inglaterra o país que saiu na frente no processo de Revolução Industrial do século XVIII. Este fato pode ser explicado por diversos fatores. A Inglaterra possuía grandes reservas de carvão mineral em seu subsolo, ou seja, a principal fonte de energia para movimentar as máquinas e as locomotivas à vapor.
Além da fonte de energia, os ingleses possuíam grandes reservas de minério de ferro, a principal matéria-prima utilizada neste período. A mão-de-obra disponível em abundância (desde a Lei dos Cercamentos de Terras ), também favoreceu a Inglaterra, pois havia uma massa de trabalhadores procurando emprego nas cidades inglesas do século XVIII. A burguesia inglesa tinha capital suficiente para financiar as fábricas, comprar matéria-prima e máquinas e contratar empregados. O mercado consumidor inglês também pode ser destacado como importante fator que contribuiu para o pioneirismo inglês.

Fases da Revolução Industrial

Primeira Fase 
Entre 1760 a 1860, a Revolução Industrial ficou limitada, primeiramente, à Inglaterra. Houve o aparecimento de indústrias de tecidos de algodão, com o uso do tear mecânico. Nessa época o aprimoramento das máquinas a vapor contribuiu para a continuação da Revolução.
- Teve inicio na Inglaterra em meados do século XVIII. Espalhou-se durante a segunda metade do século para outros países da Europa.
- O pioneirismo inglês pode ser explicado pela existência no país de minas de carvão mineral (fonte de energia) e minério de ferro (matéria-prima).
- O capitalismo industrial teve grande impulso.
- Foi possível graças ao acumulo de capital.
- Invenção e uso de novos sistemas de transporte como, por exemplo, ferroviário (locomotivas a vapor) e navios a vapor. Estas invenções eram para suprir a necessidade de transporte de mercadorias em larga escala.
- Foi uma fase de transição do sistema de produção artesanal para o industrial. 
- Houve a invenção de diversas máquinas movidas a vapor.
- Os trabalhadores das fábricas recebiam salários baixos, enfrentam péssimas condições de trabalho e não tinham direitos trabalhistas.
- Houve o uso de mão-de-obra infantil e feminina com salários abaixo dos homens.
- Busca de matérias- primas e mercados consumidores na África e Ásia, através do neocolonialismo.

Segunda Fase
A segunda etapa ocorreu no período de 1860 a 1900, ao contrário da primeira fase, países como Alemanha, França, Rússia e Itália também se industrializaram. O emprego do aço, a utilização da energia elétrica e dos combustíveis derivados do petróleo, a invenção do motor a explosão, da locomotiva a vapor e o desenvolvimento de produtos químicos foram as principais inovações desse período.
- Teve inicio nos Estados Unidos no final do século XIX e começo do século XX.
- Criação e uso de novas tecnologias como, por exemplo, veículos automotores e aviões (carros, ônibus, etc).
-  Houve também um significativo aperfeiçoamento nas tecnologias usadas nas máquinas industriais que se tornaram mais eficientes.
- Sistemas de produção mais eficientes, resultando em maior produtividade com redução de custos como, por exemplo, o fordismo.
- Uso do petróleo e energia elétrica como fontes de energia principais.
- Avanços na área de telecomunicações como, por exemplo, telefone e rádio.

Terceira Fase
Alguns historiadores têm considerado os avanços tecnológicos do século XX e XXI como a terceira etapa da Revolução Industrial. O computador, o fax, a engenharia genética, o celular seriam algumas das inovações dessa época.
- Liderada também pelos Estados Unidos, teve inicio com o final da Segunda Guerra Mundial (meados do século XX). É a fase que vivemos até a atualidade.
- Introdução do uso de novas fontes de energia como, por exemplo, a nuclear.
- Desenvolvimento e início do uso da informática, principalmente por parte de empresas e governos. Posteriormente para todas as pessoas.
- Melhorias nas condições de trabalho com ampliação dos direitos trabalhistas.
- Fortalecimento do sistema capitalista.
- Crescimento econômico do Japão e da Alemanha que passam a figurar como potências econômicas na segunda metade do século XX.
- Desenvolvimento da Genética e da Biotecnologia, oferecendo novos recursos para a área médica e fortalecendo a indústria de medicamentos.
- Desenvolvimento da Globalização, principalmente após o fim da Guerra Fria, que trouxe um novo cenário nas relações econômicas e formas de produção.
- No final do século XX e começo do XXI, temos o desenvolvimento da Internet que alavancou o mundo do comércio e das finanças.
- Inicio, a partir da década de 1970, das preocupações com o Meio Ambiente (aquecimento global, efeito estufa, desmatamentos, extinção de espécies animais, buraco na camada de ozônio). Vale lembrar que grande parte destes problemas ambientais foram causados pela Revolução Industrial desde sua primeira fase.
- Aumento da importância, no cenário econômico global, dos países emergentes (China, Rússia, Brasil e Índia).

Avanços da Tecnologia

O século XVIII foi marcado pelo grande salto tecnológico nos transportes e máquinas. As máquinas a vapor, principalmente os gigantes teares, revolucionou o modo de produzir. Se por um lado a máquina substituiu o homem, gerando milhares de desempregados, por outro baixou o preço de mercadorias e acelerou o ritmo de produção.
Na área de transportes, podemos destacar a invenção das locomotivas a vapor (maria fumaça) e os trens a vapor. Com estes meios de transportes, foi possível transportar mais mercadorias e pessoas, num tempo mais curto e com custos mais baixos. 
Principais invenções técnicas da Revolução Industrial: lançadeira volante de John Kay, tear mecânico de Cartwright, máquina a vapor de JamesWatt e locomotiva de Stephenson.
 
A Fábrica
As fábricas do início da Revolução Industrial não apresentavam o melhor dos ambientes de trabalho. As condições das fábricas eram precárias. Eram ambientes com péssima iluminação, abafados e sujos. Os salários recebidos pelos trabalhadores eram muito baixos e chegava-se a empregar o trabalho infantil e feminino. Os empregados chegavam a trabalhar até 18 horas por dia e estavam sujeitos a castigos físicos dos patrões. Não havia direitos trabalhistas como, por exemplo, férias, décimo terceiro salário, auxílio doença, descanso semanal remunerado ou qualquer outro benefício. Quando desempregados, ficavam sem nenhum tipo de auxílio e passavam por situações de precariedade

Consequências da Revolução Industrial

Após a Revolução Industrial  ocorreu um aumento extraordinário da produção. Isso aconteceu da seguinte forma: o que era feito artesanalmente, notavelmente os bens deconsumo, começou a chegar à economia a partir da maquinofatura, o que levou bens industrializados à população, em escala muito maior. Assim, os populares deslocaram-se aos centros urbanos em busca de trabalho nas fábricas. Desta forma, milhares de trabalhadores começaram a praticamente viver dentro das fábricas, que naquela época apresentavam jornadas de trabalho que variavam entre 14 e 16 horas por dia. Esses operários vendiam sua força de trabalho em troca da remuneração.
Com isso, a economia começou a crescer de forma rápida, sendo que em momentos anteriores à Revolução Industrial a renda per capta aumentava com a demora de séculos. Sendo assim, a população começou a crescer de uma forma nunca vista antes.Apenas como exemplo, no período entre os anos de 1500 e 1780, apenas na Inglaterra, houve um aumento populacional de cerca de 3 milhões de habitantes para 8 milhões. Em 1880, este índice já estava em mais de 30 milhões. Isso ocorreu devido à queda drástica da mortalidade infantil.
Em outro aspecto, a forma de vida em sociedade e o cotidiano da população foram mudados completamente. Com a Revolução Industrial, os artesãos e, em geral, as pessoas que viviam no campo, passaram a viver nas cidades e se tornaram ferramentas fundamentais para a industrialização. Além disso, as urbes simbolizavam progresso e tornaram-se enormes e de grande importância àquela época.
Em 1850, na Inglaterra, as pessoas mais pobres viviam como podiam. Aglomeravam-se à margem, em subúrbios, moradias antigas e sem o menor conforto, além de enfrentarem a insalubridade. A diferença entre a vida na urbe e a vida no campo era basicamente, que as choupanas saíam de cena, dando a vez aos ratos, esgoto, ruas esburacadas e falta de água encanada. Em meio à miséria da população mais pobre, via-se, paradoxalmente, o surgimentos de modas, inovações nos bens de consumo e a formação de uma elite industrial.
De acordo com alguns estudos, com a Revolução Industrial e os novos produtos e máquinas surgindo a todo minuto, a média de altura dos homens da região norte da Europa ficou 7,6 centímetros abaixo da dos homens da Alta Idade Média. Ao longo do tempo, o índice de variação na altura do homem é um dos indicativos do bem estar social. Percebe-se, à época da Revolução Industrial, que apesar da melhora nos processos de produção, ocorreu, também, uma desvalorização do ser humano.



Ludismo

Ludismo ou Movimento Ludita é o nome dado a um movimento ocorrido na Inglaterra entre os anos de 1811 e 1812, que reuniu alguns trabalhadores das indústrias contrários aos avanços tecnológicos em curso, proporcionadas pelo advento da primeira revolução industrial. Os ludistas protestavam contra a substituição da mão-de-obra humana por máquinas. O ludismo pode ser considerado o primeiro movimento operário de reivindicação de melhorias nas relações e condições de trabalho. Tanto o Ludismo e como o Cartismoforam movimentos que colocaram em destaque a questão do trabalho e as suas condições.
O nome do movimento deriva do nome de um suposto trabalhador, Ned Ludd, que teria quebrado as máquinas de seu patrão. Mesmo sem qualquer comprovação, a história serviu de inspiração para vários operários que viam nas máquinas a razão de sua condição de miséria. Hoje em dia, o termo ludita (do inglês luddite) identifica toda pessoa que se opõe àindustrialização intensa ou a novas tecnologias, geralmente vinculadas ao movimento operário anarcoprimitivista.
Para além de histórico, o termo passou a expressar um conceito político, usado para designar todos aqueles que se opõem ao desenvolvimento tecnológico ou industrial, num movimento chamado de neoludismo, que guarda muitas semelhanças com o movimento original.
Os luditas chamaram muita atenção pelos seus atos, apesar das reclamações contra as máquinas e a sua supressão da mão-de-obra humana já serem fatos normais, pois os operários, além desta ameaça de perder seus empregos, viviam em péssimas condições com jornada de trabalho extensa e remuneração baixa. Seus integrantes invadiam fábricas e causavam a destruição de todos os equipamentos que, segundo estes, por serem mais eficientes que os homens, tiravam seus trabalhos. Os luditas ficaram lembrados como "os quebradores de máquinas".
O Movimento Ludista atinge seu ápice após o assalto noturno à manufatura de William Cartwright, no condado de York, em Abril de 1812. No ano seguinte, na mesma cidade, teve lugar o maior processo contra os ludistas, onde sessenta e quatro foram acusados de terem atentado contra a manufatura, resultando em treze condenações à morte e duas deportações para as colônias.
O movimento ludista perderá força com a organização dos primeiros sindicatos na Inglaterra, as chamadas trade unions. Apesar de não carregar um conteúdo ideológico, os luditas foram importantes por levar a um questionamento do molde de desenvolvimento docapitalismo e pela consequente utilização de tantas máquinas e o seu efetivo benefício à coletividade. Ainda hoje, mesmo analisada sob o contexto da questão ambiental, a questão preocupa ambientalistas e estudiosos.

RAZÕES FUNDAMENTAIS QUE POSSIBILITARAM QUE A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL SE INICIASSE NA INGLATERRA?
- a supremacia naval inglesa: desde o ano de 1651, quando Oliver Cromwell decretou os Atos de Navegação e Comércio, que asseguraram exclusividade aos navios ingleses para o transporte de mercadorias para o seu país, que a Inglaterra passou a controlar o comércio mundial de larga escala. Isso permitiu a organização de um vasto império colonial que, ao mesmo tempo, será seu mercado consumidor de produtos manufaturados e fornecedor de matérias primas.
- a disponibilidade de mão-de-obra: o estabelecimento do absolutismo na Inglaterra no século XVI levou a burguesia em aliança com a nobreza a promover um processo de expulsão dos camponeses de suas terras. Estas terras foram cercadas e transformadas em áreas de pastagens para ovelhas que ofereciam a matéria-prima básica para o tecido: lã. Houve, portanto, um intenso êxodo rural, que tornou as grandes cidades um lugar onde se encontrava uma grande disponibilidade de mão-de-obra. Dessa maneira, os salários sofreram um rebaixamento, fato que contribuiu para a elevação da produtividade na indústria.
 -a disponibilidade de matérias-primas: a Inglaterra não tinha dificuldades de acesso às matérias-primas básicas para seu desenvolvimento industrial. Era rica em minério de carvão, lã, algodão (obtido nos EUA) etc.
 -a Monarquia Parlamentar: a Revolução Gloriosa de 1688/89 estabeleceu na Inglaterra a Declaração dos Direitos (Bill of Rights) que permitiu a supremacia do parlamento sobre a monarquia, surgindo, portanto, o parlamentarismo. Isso significou o fim do absolutismo que permitiu à burguesia uma maior participação nas decisões do governo e na vida política do país. Dessa maneira, a economia do país passou a se organizar de maneira a atender aos anseios da burguesia.

CONDIÇÃO DE TRABALHO E VIDA DA CLASSE TRABALHADORA LOGO APÓS A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL:
 -Longas jornadas de trabalho;
 -Direito conferido ao empresário pela Lei "Senhor e Empregado" de encarceramento do operário que abandonasse o trabalho;
 -Pagamento de salários tão ínfimos que obrigavam os operários a trabalharem sem parar para ter dinheiro para sobreviver;
 -Nenhuma garantia previdenciária, para acidentes que do operário que o impedisse de trabalhar;
 -Trabalho infantil e feminino, porque eram pagos menores salários a esses trabalhadores;
O CONTEXTO HISTÓRICO DA TEORIA DE THOMAS MALTHUS
                                     
A Revolução Industrial, nos séculos XVIII e XIX, teve forte repercussão na organização do espaço social de alguns países. Ocorreram muitas mudanças, como a migração do campo para a cidade, novos hábitos foram adquiridos e também com as relações trabalho.
Após a Revolução Industrial, a população urbana começa a conviver com melhores condições de vida e melhores serviços de saúde. A evolução na medicina contribuiu para a melhoria dos serviços de saúde, diminuindo assim a mortalidade da população em geral.
Com a qualidade de vida e condições melhores, houve o aumento do número de habitantes, principalmente nas áreas que se industrializaram primeiro. Por volta de 1750, ocorreu o processo de crescimento populacional nos países europeus que acompanharam a primeira fase da Revolução Industrial.
Foi durante esse período que se iniciaram as preocupações com o aumento no número de habitantes, e assim começaram a surgir às teorias populacionais.A teoria de Thomas Malthus surge então neste contexto. A teoria de Malthus, dizia que a população tinha um potencial de crescimento ilimitado enquanto a natureza tem recursos limitados para alimentar a população que crescia. A partir disso, acreditava-se que a população iria conviver com a fome, doenças e epidemias, e, conseqüentemente com a desestruturação da vida social.
Nessa teoria, Malthus defendia o controle moral, com normas de conduta, que incluíam a abstinência sexual e o adiamento do casamento, que eram permitidos com a comprovação de renda para sustentar o filho. Essas normas atingiram a população pobre, que para Malthus eram os responsáveis pela pobreza, pois se casavam cedo e tinham muitos filhos.


Livros
*Da Revolução Industrial Inglesa ao Imperialismo Autor: Hobsbawm, Eric J Editora: Forense Universitária.
*A Revolução Industrial - Coleção Discutindo a História Autor: Canedo, Leticia Bicalho Editora: Atual.
*A Revolução Industrial - Coleção Núcleo de Bolso Autor: Silva, Rogerio Forastieri da Editora: Nucleo
*Revolução Industrial - Coleção O Cotidiano da História Autor: Teixeira, Franscisco M. P. Editora: Ática
*Revolução Industrial (Coleção Tudo é História) Autor: Iglesias, Francisco Editora: Brasiliense
*Da Revolução Industrial ao Movimento Operário Autor: Coggiola, Osvaldo Editora: Pradense
*Máquinas Humanas - a Revolução Industrial e Seus Impactos Socioambientais Autor: Linhares, Francisco Editora: Prazer de Ler.

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Musica:

Que é revolução industrial?A produção nao é artesanal,tem muita maquina e coisa e tal,precisa acúmulo de capital,inglês foi aí que a indústria veio a surgir.Na Inglaterra tem muito carvão e o comércio pelo mar é bom,a burguesia tem um dinheirão e no poder tem participação,o campo se cercou,e a cidade até superlotou.
"Assim que começou essa exploração,trabalho de montão pra ganhar um tostão."

Créditos: Grupo 2